segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS COM MÍDIAS INTEGRADAS


1.Produção de Manual Ecológico sobre reciclagem de Garrafas PET - Transformando resíduos em brinquedos.
2. Objetivo geral: Produzir um Manual Ecológico sobre como transformar sucata em brinquedo.
3. Objetivos pedagógicos: Familiarizar os alunos com a leitura e escrita ao descreverem o processo de confecção do material, além de trabalhar a integração de texto e imagens. Desenvolver nos alunos a consciência ecológica além de ensiná-los como reutilizar materiais recicláveis.
4.Recursos Técnicos:
  • RESÍDUO: GARRAFA PET (PLÁSTICO)
  • BRINQUEDO: CARRO ARTICULADO
  • NÚMERO DE PARTICIPANTES :05 CRIANÇAS
  • NÚMERO DEMONSTRATIVO: 01 CRIANÇA
  • IDADE DAS CRIANÇAS : DE 08 A 11 ANOS
  • SÉRIE ESCOLAR: 5o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
  • SOFTWARE DE EDIÇÃO DE TEXTO E IMAGENS
5. Etapas:
  • Apresentação da Proposta
  • Seleção do brinquedo mais adequado
  • Seleção do público alvo (idade e série do ensino fundamental)
  • Elaboração do roteiro do manual
  • Captação das Imagens
  • Montagem do manual
  • Edição Final do Layout
6. Mídia Utilizada: Material Impresso (Cartilha ou Manual)

7. Processo de Ensino Aprendizagem e Resultados:

A atividade proposta para o grupo de crianças foi observação e construção de um carro de brinquedo feito através de material reciclado e, logo após, elaboração de um manual ecológico. Foi feita uma breve introdução sobre a diferença entre lixo e resíduo e que cada criança poderia contribuir para ajudar o meio ambiente reciclando materiais como plástico, papel, vidro e metal. No primeiro momento, as crianças ficaram curiosas pois estavam imaginando como seria um carro feito de material reciclado. Após observarem todas as etapas de confecção do brinquedo as crianças imediatamente se dispuseram a fazer cada um seu brinquedo procurando inovar e fazer diferente. Alguns fizeram portas e janelas. Alguns queriam pintar e colorir seus carros(infelizmente não dispúnhamos do material adequado). Outros até queriam adicionar luzes tecnológicas para o carro “acender no escuro”.
Enquanto confeccionavam o brinquedo, pude observar que todos compartilhavam ideias e materiais ou maneiras de trabalhar para desenvolver seu micro projeto de engenharia o mais brilhante possível sem contar no grau de imaginação colocado em prática nesta hora. Só dava para perceber o brilho nos olhos de cada um ao verem seus carros prontos e funcionais.
Percebi que as crianças não se resumiram em fazer só aquilo que foi ensinado mas evoluíram e se propuseram em fazer mais e melhor. Construíram um novo conhecimento a partir do conhecimento adquirido. Vale ressaltar aqui que já está incutido neles o embrião da tendência tecnológica ao sugerir que nos carros poderiam ser acoplados dispositivos que os fizessem brilhar no escuro. Também quero destacar que apesar de toda tecnologia que nos cerca ainda sentimos a falta do lúdico expressado por este grupo de crianças ao sugerir cores e formas diferentes principalmente na hora da brincadeira propriamente dito ao compartilhar e trocar de carro uns com os outros pois cada um queria dar uma volta no carro do outro. Após encerramento das atividades lúdicas(práticas e brincadeiras), os alunos foram orientados quanto à elaboração do manual ecológico integrando texto e imagens e também quanto à autoração de capas personalizadas( cada um produziria sua própria capa do manual). No final, fora dado prazo estipulado para edição final e entrega do manual.

MANUAL ECOLÓGICO


1a Etapa:
No primeiro momento, foi pedido para o grupo de alunos que trouxessem de casa cada um 04 garrafas pets limpas e tesoura sem ponta. Ao observarem atentamente todas as fases de confecção do brinquedo, os alunos começaram a construir seus próprios carrinhos.

2a Etapa:
Depois, corta-se com cuidado a parte central da garrafa pois o carro será utilizado para transportar alguns materiais e parte que foi cortada servira de eixo para se conectar às rodas do carro.


3a Etapa:
Em seguida, faz-se os furos onde serão colados os eixos das rodas do carro, são 4 ao todo, 2 na parte superior da garrafa e 2 na parta inferior de modo os buracos sejam do mesmo tamanho, estejam alinhados e na mesma proporção:
 

 
4a Etapa:
Logo após, as partes centrais que foram retiradas das garrafas ( 2 ao todo), foram enroladas à mão para ficarem na forma cilíndrica e servirem de eixo para as rodas. Com os eixos prontos, os mesmos foram introduzidos nos buracos feitos anteriormente:

 
5a Etapa:
Agora vem a parte mais difícil e que exigiu um pouco mais de habilidade das crianças. Para se fazer as rodas do carro deve-se primeiro: cortar 4 garrafas pet ao meio e utilizar a parte superior de todas elas. 



6a Etapa:
Depois de serem cortadas, pega-se uma meia garrafa e faz-se alguns cortes paralelos de modo que imitem uma sanfona. 



7a Etapa:
Em seguida, dobra-se completamente a parte inferior de modo que fique na mesma direção da boca da garrafa. Por último, dobra-se a extremidade inferior para formar o primeiro pneu:
 


8a Etapa:
Após serem montados todos os 4 pneus, junta-se ao corpo do carro fazendo os devidos ajustes finais.



9a Etapa: Aí está. O Carro está pronto. Boa diversão!
 





Além de ser um brinquedo muito divertido, também ajuda a proteger e conservar o meio ambiente! O Manual, apesar de ser simples, foi produzido pelos alunos com textos e imagens além das capas personalizadas produzidas por eles mesmos.


 




segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tecendo leitura e escrita por meio do Hipertexto


As principais contribuições do hipertexto foi a de potencializar, por um lado, o texto escrito, o leitura do mundo e o fazer pedagógico construído com base naquela educação retrógrada e, infelizmente, ainda em uso em alguns lugares do nosso país, do nosso estado e em nosso município. Me refiro, aqui, a educação bancária citada por Paulo Freire (1996). 



 Por outro lado, o hipertexto também desconstrói a figura do professor enquanto mero transmissor do conhecimento para uma nova atitude pedagógico-reflexiva-interativa, pois permite ao professor o direito de interagir, de buscar o conhecimento e compartilhá-lo. O professor-transmissor se transformará em professor-pesquisador que usará o diálogo e as conexões virtuais para socializar o conhecimento adquirido. E esta socialização vai além da didática-pedagógica atual para se metamorfosear em didática da dinâmica do conhecimento.
 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Vantagens e desvantagens de uma abordagem metodológica sobre ensino aprendizagem

Uma coisa deve ser levada em consideração quando se trata de aplicar ou implementar qualquer tipo de metodologia de ensino aprendizagem numa escola. Há que se levar em consideração aspectos sócio-culturais que permeiam àquela comunidade escolar e não apenas os alunos, pois na visão Piagetiana “a criança só pode conhecer ou construir seus conhecimentos, através da ação individual que exerce sobre os objetos”. Isso significa dizer que não adianta ter uma metodologia miraculosa que faça os alunos aprenderem algo ou assimilarem conteúdos se, quando voltam pra casa, enfrentam a dura realidade do dia-a-dia, da exclusão, do preconceito, da pobreza, do assistencialismo que vicia e corrompe. 

 
Na escola, tá tudo bonito, salas arrumadas, laboratório de informática, professores satisfeitos (grifo nosso) com os índices que a escola alcançou no último IDEB, enquanto que o sujeito, o aluno, a pessoa mais importante da escola e para a qual a escola deveria viver, se mover, coexistir, se reproduzir e se auto-renovar, continua sendo tratado ou melhor, digo, sendo ensinado, como se o importante fosse “ensinar”. Para Emília Ferrero, o foco deveria ser em como “aprender”, pois a criança é o sujeito ativo que “elabora hipóteses sobre o funcionamento da linguagem escrita em seu contexto social e testá-las e constituir sistemas interpretativos na busca de compreensão do mundo que a cerca”. Para Vygostsky,o mais importante são as interações entre sujeito e objeto, explicitando que a ação do sujeito sobre o objeto passa essencialmente pela mediação social, pois “a criança além de apresentar-se ativa, é sobretudo interativa”. O conhecimento é e continua sendo uma construção social, que é resultado da apropriação do sujeito, dos saberes, das produções culturais da sociedade pela inter-relação e mediação da própria sociedade. Cabe ao professor “agir e pensar de forma ampla, compreendendo que o conhecimento é um conjunto de capacidades ativadas: observação, atenção, memória, raciocínio”. O professor, nestas concepções de ensino/aprendizagem deve ser o mediador, o facilitador. Avaliar, só se for para ajudar na construção do conhecimento! Avaliar para reprovar ou classificar é retrógrado!
 No que diz respeito às vantagens, Wallon, priorizou conceitos importantes que nortearão um processo pedagógico mais produtivo e satisfatório para o aluno. Esses conceitos envolvem: integração, integração organismo-meio e integração dos conjuntos funcionais-emoção, sentimento e paixão. Ou seja, o papel da afetividade nos diferentes estágios. Wallon adverte, que o desenvolvimento humano é estabelecido sob o foco do potencial genético combinado com vários fatores ambientais. É exatamente aí que reside, em hipótese, a maior vantagem dos procedimentos metodológicos do ensino aprendizagem. Tem que se permitir, se dar uma chance para o novo, para o tecnológico, para o interativo sem se perder no aspecto transcendental do consumismo que ilude, vicia e pode, por incrível que pareça, alienar. Qualquer processo de desenvolvimento e aprendizagem do ser humano envolve várias compreensões sobre sua própria natureza desde aspectos sócio-histórico-culturais até fatores afetivos e estímulos.