segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tecendo leitura e escrita por meio do Hipertexto


As principais contribuições do hipertexto foi a de potencializar, por um lado, o texto escrito, o leitura do mundo e o fazer pedagógico construído com base naquela educação retrógrada e, infelizmente, ainda em uso em alguns lugares do nosso país, do nosso estado e em nosso município. Me refiro, aqui, a educação bancária citada por Paulo Freire (1996). 



 Por outro lado, o hipertexto também desconstrói a figura do professor enquanto mero transmissor do conhecimento para uma nova atitude pedagógico-reflexiva-interativa, pois permite ao professor o direito de interagir, de buscar o conhecimento e compartilhá-lo. O professor-transmissor se transformará em professor-pesquisador que usará o diálogo e as conexões virtuais para socializar o conhecimento adquirido. E esta socialização vai além da didática-pedagógica atual para se metamorfosear em didática da dinâmica do conhecimento.
 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Vantagens e desvantagens de uma abordagem metodológica sobre ensino aprendizagem

Uma coisa deve ser levada em consideração quando se trata de aplicar ou implementar qualquer tipo de metodologia de ensino aprendizagem numa escola. Há que se levar em consideração aspectos sócio-culturais que permeiam àquela comunidade escolar e não apenas os alunos, pois na visão Piagetiana “a criança só pode conhecer ou construir seus conhecimentos, através da ação individual que exerce sobre os objetos”. Isso significa dizer que não adianta ter uma metodologia miraculosa que faça os alunos aprenderem algo ou assimilarem conteúdos se, quando voltam pra casa, enfrentam a dura realidade do dia-a-dia, da exclusão, do preconceito, da pobreza, do assistencialismo que vicia e corrompe. 

 
Na escola, tá tudo bonito, salas arrumadas, laboratório de informática, professores satisfeitos (grifo nosso) com os índices que a escola alcançou no último IDEB, enquanto que o sujeito, o aluno, a pessoa mais importante da escola e para a qual a escola deveria viver, se mover, coexistir, se reproduzir e se auto-renovar, continua sendo tratado ou melhor, digo, sendo ensinado, como se o importante fosse “ensinar”. Para Emília Ferrero, o foco deveria ser em como “aprender”, pois a criança é o sujeito ativo que “elabora hipóteses sobre o funcionamento da linguagem escrita em seu contexto social e testá-las e constituir sistemas interpretativos na busca de compreensão do mundo que a cerca”. Para Vygostsky,o mais importante são as interações entre sujeito e objeto, explicitando que a ação do sujeito sobre o objeto passa essencialmente pela mediação social, pois “a criança além de apresentar-se ativa, é sobretudo interativa”. O conhecimento é e continua sendo uma construção social, que é resultado da apropriação do sujeito, dos saberes, das produções culturais da sociedade pela inter-relação e mediação da própria sociedade. Cabe ao professor “agir e pensar de forma ampla, compreendendo que o conhecimento é um conjunto de capacidades ativadas: observação, atenção, memória, raciocínio”. O professor, nestas concepções de ensino/aprendizagem deve ser o mediador, o facilitador. Avaliar, só se for para ajudar na construção do conhecimento! Avaliar para reprovar ou classificar é retrógrado!
 No que diz respeito às vantagens, Wallon, priorizou conceitos importantes que nortearão um processo pedagógico mais produtivo e satisfatório para o aluno. Esses conceitos envolvem: integração, integração organismo-meio e integração dos conjuntos funcionais-emoção, sentimento e paixão. Ou seja, o papel da afetividade nos diferentes estágios. Wallon adverte, que o desenvolvimento humano é estabelecido sob o foco do potencial genético combinado com vários fatores ambientais. É exatamente aí que reside, em hipótese, a maior vantagem dos procedimentos metodológicos do ensino aprendizagem. Tem que se permitir, se dar uma chance para o novo, para o tecnológico, para o interativo sem se perder no aspecto transcendental do consumismo que ilude, vicia e pode, por incrível que pareça, alienar. Qualquer processo de desenvolvimento e aprendizagem do ser humano envolve várias compreensões sobre sua própria natureza desde aspectos sócio-histórico-culturais até fatores afetivos e estímulos.